CÂNCER DE PRÓSTATA MATA 13 MIL HOMENS POR ANO
CÂNCER DE PRÓSTATA MATA 13 MIL HOMENS POR ANO
Tradicionalmente, a campanha Novembro Azul visa a conscientização em relação ao câncer de próstata, já que no Brasil, anualmente 62 mil novos casos são registrados e 13 mil deles terminam em óbito. Além disso, em cada seis homens, um será acometido pela doença em algum momento da vida, conforme alerta o médico Fernando Justo, urologista da Santa Casa de Mauá.
A idéia da campanha é incentivar o diagnóstico precoce, haja vista que, quando detectado em fase inicial, as possibilidades de êxito no tratamento chegam a 90% dos casos. Por esse motivo, os exames preventivos devem ter início por volta dos 45 anos. Entre os principais exames para identificação da doença estão o PSA, toque retal e o pet scan ou tomografia computadorizada, que detecta precocemente se há tumor ou metástase. Vale lembrar que somente o primeiro exame não elimina o segundo, ambos se complementam.
Segundo o especialista, muitos homens deixam de realizar o exame por preconceito, aguardam o Novembro Azul para lembrar da importância ou esperam o aparecimento de um sintoma para procurar um médico. “A ausência de sintomas não deve ser vista como exclusão do exame periódico. O tratamento mudou, não há motivo para ter medo. Além de ser menos invasivo, o pet scan entrega diagnóstico preciso”, acrescenta.
O câncer de próstata manifesta-se lentamente e muitas vezes sem sintomas na fase inicial. Mas, com o tempo, o tumor cresce e pode provocar sangramento, dificuldades de urinar, alteração de cor, sensação de queimação, problemas para manter a ereção e o não esvaziamento completo da bexiga. Porém, os sintomas também podem significar alterações benignas, como próstata aumentada.
Conforme o estágio da doença, o tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia ou hormonioterapia. Esses procedimentos podem provocar efeitos colaterais em alguns pacientes, como incontinência urinária e impotência. Entretanto, os dois casos são tratáveis.
As causas da doença estão ligadas aos maus hábitos alimentares, fator hereditário e uso excessivo de testosterona, que pode causar sérios danos à saúde. “Desta forma, a visita ao urologista uma vez por ano é fundamental. Uma boa alimentação com frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, com menos gordura, podem diminuir o risco da doença, bem como, atividades físicas regulares”, ressalta o médico.