Casos de rinite alérgica aumentam na primavera
25 set 2017

Casos de rinite alérgica aumentam na primavera

Rinite

Boa parte da população sofre com os sintomas de rinite alérgica. Estudos apontam que entre 15 e 30% são crianças com sintomas persistentes e de 25 a 50%, adultos com quadro recorrente. A estação mais agradável do ano, a Primavera, também pode trazer uma série de complicações para essas pessoas, já que o clima seco e as oscilações de temperatura deixam o sistema imunológico mais exposto às crises da doença. O médico otorrinolaringologista Thiago Resende da Silva, da Santa Casa de Mauá, lembra que rinite é uma inflamação da mucosa de revestimento nasal e que o ideal é estar atento à prevenção.

 

A patologia é caracterizada pela presença de um ou mais sintomas, como a obstrução nasal, espirros, prurido e hiposmia – perda parcial do olfato. Diversos fatores podem desencadeá-la e a mais comum no Brasil é provocada pela proteína eliminada nas fezes do ácaro. A poeira doméstica, que consiste em uma mistura de substâncias como escamas de pele humana, pelos de animais, restos de alimentos, estofamentos, fibras de tecidos, bactérias, mofos e bolores, alimentam os ácarosque vivem nesse ambiente. 

 

A rinite alérgica também pode ser desencadeada ou agravada pela exposição a aeroalérgenos, a mudanças bruscas de clima, inalação de odores fortes, inalação de ar frio e seco e ingestão de anti-inflamatórios não hormonais em indivíduos predispostos. 

 

Segundo o especialista, a melhor prevenção é manter-se afastado do alérgeno e como nem sempre é possível, principalmente no caso da poeira domiciliar, a melhor alternativa é ministrar medicamentos que reduzam a inflamação e controlem os sintomas. “Dependendo da intensidade dos sintomas, é indicado o uso de vacinas, a chamada imunoterapia”, explica.

 

Uma boa dica é evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadões, além de dar preferência aos pisos laváveis e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido. A atenção deve ser redobrada nos quartos, pois as camas e berços não devem ser colocados junto à parede. Procure retirar do cômodo os bichos de pelúcia e estante de livros; evite spray ou sachês; não use inseticidas; troque os travesseiros de paina ou penas pelos de espuma, os quais devem estar envoltos em material plástico. Esta última orientação serve também para o colchão, já que esse procedimento  ajuda a sua limpeza com pano úmido. As vassouras e espanadores de pó devem ser substituídos por pano úmido antes do uso de aspirador de pó.

 

“O mofo e a umidade, principalmente no quarto de dormir, precisam ser combatidos e uma solução de ácido fênico a 2,5% pode ser utilizada nos locais mofados, até que uma medida definitiva seja tomada”, ensina o médico.

 

Os cuidados pessoais também exigem atenção. Por isso, evite talcos, perfumes e banhos extremamente quentes e as roupas, que têm pouco uso, devem ser arejadas e, se possível, lavadas antes do seu uso. Procure ainda não fumar dentro de casa.

 

“Como a rinite é uma doença crônica, o sucesso do tratamento está totalmente ligado à adesão do paciente quanto à administração dos medicamentos e mudanças comportamentais”, finaliza o médico otorrinolaringologista Thiago Resende da Silva.

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